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Reunidos em assembléia no final da tarde desta sexta-feira, trabalhadores da Coposul, indústria de copos e pratos descartáveis, instalada no bairro Jaqueline, em Içara, decidiram paralisar as atividades da fábrica a partir de segunda-feira, em solidariedade a 17 companheiros que foram demitidos, sem justa causa, e não tiveram pagas suas rescisões trabalhistas.

“A diretoria da empresa, de forma premeditada, demitiu os trabalhadores e quatro dias depois abriu processo de recuperação judicial; após muita negociação com a direção do sindicato fizeram uma proposta que é uma ofensa, parcelamento em 16 meses”, explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região, Carlos de Cordes, o Dé.

Conforme Dé, o clima na empresa é de muitas incertezas e insegurança. “Os cerca de 300 trabalhadores, que continuam na empresa,  temem que a mesma coisa ocorra com eles e a diretoria da Coposul, em momento algum, informou aos seus profissionais  o que estava, e está, ocorrendo”, acrescenta Dé. A última rodada de negociações ocorreu na manhã desta sexta-feira, quando a proposta de pagamento em 16 vezes foi feita.

As demissões dos 17 trabalhadores ocorreram no dia 30 de junho. Os demitidos foram incluídos entre os credores da recuperação judicial e deixaram de receber aviso prédio, 13º salário, férias, 40% do FGTS, entre outros direitos. “A empresa está com sua produção normal e, até, contratando outros trabalhadores, como  constatamos nos últimos dias”, conclui Carlos de Cordes, confirmando a greve para a madrugada de segunda-feira.