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Luis faz malabares há dez anos |
Hoje estive na Av. Centenário, mais uma vez tentando conversar com as pessoas que ficam nas sinaleiras da cidade pedindo dinheiro aos motoristas. Como de costume, me dirigi a região sul de Criciúma. Segundo a secretaria de assistência social do município, a região sul é a preferida dos pedintes por estar muito próxima a zona onde se encontram drogas com maior facilidade.
Mas ainda no centro me deparei com a cena de duas pessoas nas sinaleiras da Av. centenário com a Saldanha da Gama, parei e fui conversar um dos dois rapazes.
“Não sou pedinte nem morador de rua, sou artista”, foi a primeira frase que ouvi de Luis Pato, de 26 anos, nascido no Uruguai e que roda o mundo mostrando seu trabalho em sinais e pontos públicos dos locais em que visita.
Os artistas passam em vários países com seu trabalho e se comparam a um circo que chega na cidade, apresenta seu trabalho, a comunidade colabora e depois procuram outras praças para arrecadar seu sustento.
Aqui na cidade os artistas estão hospedados em um hotel nas proximidades da Av. Centenário e afirmam que a cidade é uma das mais educadas no pais.
O estado de São Paulo é elencado por Luis como o mais rentável na profissão, que segundo ele é muito difícil e exige treino diário, há pelo menos dez anos Luis ganha a vida fazendo malabares num estilo de vida que ele próprio chama de “auto gestão”.