Os transportadores de cargas perigosas ameaçam paralisar suas atividades para chamar a atenção das autoridades ambientais sobre o que consideram exigências excessivas e que têm inviabilizado a atividade. O presidente da Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos, Paulo de Tarso Martins Gomes, acompanhado pelo deputado Décio Lima (PT) esteve reunido com o diretor de Qualidade Ambiental do Ibama, Fernando da Costa Marques cobrando a adoção de uma licença padrão nacional, visando desburocratizar e disciplinar a atividade.
- Hoje temos 26 licenças estaduais e uma municipal regendo o transporte de cargas perigosas, o que está inviabilizando o nosso trabalho. Além disso, temos amargado multas de R$ 10 a 20 mil. Precisamos de uma alternativa como uma licença padronizada nacionalmente, reclamou Paulo de Tarso.
Entre os 70 associados já se fala em uma possível paralisação para chamar a atenção para o problema, ameaçou o presidente. A associação reúne uma frota de 20 mil caminhões, responsáveis por 70% do transporte de cargas perigosas.
Costa Marques enumerou entre as alternativas para uma solução a votação de do projeto de lei 7379/2010), em análise na Comissão de Viação e Transportes, que disciplina a questão ou desarquivar uma resolução do Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente, que está inativa hoje, e que dispõe sobre o transporte de cargas perigosas.
O transporte de cargas perigosas abrange nove classes: explosivos, gases (entre eles o GLP), inflamáveis, sólidos sujeitos a combustão, oxidantes ácidos, tóxicos e infectantes, radioativos, corrosivos e produtos com risco ambiental como o biodiesel.
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